O presente texto convoca ao debate sobre o tema corpo nos currículos e práticas docentes de espaços formais de Educação Infantil. Ainda em andamento, esta pesquisa se propõe a investigar de que forma os corpos de crianças e adultos têm sido considerados no ambiente escolar. Considerando nossas vivências em espaços escolares de crianças pequenas produziremos algumas “inventações” ficcionais sobre os sujeitos infantis (SCHÉRER, 2009; ARIÈS, 1986), seguidas de “perguntações”, ou seja, ações que geraram perguntas e também perguntas que poderão gerar ações. Nasce daí o desejo de, enquanto professores de artes, podermos juntamente da equipe pedagógica e das crianças, criarmos espaços de artistagens (CORAZZA, 2006) na escola. Entendendo primeiramente as concepções históricas e ocidentais do corpo (BRAUNSTEIN & PÉPIN, 2001) para em seguida engendrarmos uma forma de subverter padrões e criarmos um Corpo-Sem-órgãos (ARTAUD, 2017; DELEUZE & GUATARRI, 1996; LINS, 2009), pautados pela relação entre infância e filosofia (KOHAN, 2005).