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LITERATURA E PODER: CONSTITUIÇÃO DE IDENTIDADES NA OBRA “FILHOS DA PÁTRIA”
Mariana Luisa Schaeffer BRILHANTE, Cassiana GRIGOLETTO

Última alteração: 2019-05-20

Resumo


Diante da fragmentação de paisagens culturais e configurações de novas pertenças, que produzem fenômenos de destradicionalização e de reinvenção da tradição, surge a necessidade de repensar determinados conceitos, como as noções fixas de sujeito e nação, num constante alargamento de fronteiras disciplinares. Para compreender esses processos que marcam a nossa condição “pós” (pós-moderno, pós-colonial), objetivamos estudar a literatura pelo viés dos Estudos Culturais e das teorias Pós-Coloniais. Analisamos as construções identitárias da africanidade nas literaturas de língua portuguesa, observando os efeitos da colonialidade do poder e/ou mecanismos de descolonização em narrativas pós-coloniais. Por compreendermos a literatura como um produto cultural que, cada vez mais, exige uma reflexão sobre os modos de (re)articulação dos tecidos narrativos, os elementos culturais formadores de identidades e as relações de poder que os constituem, aspectos ainda mais significativos nos contextos africanos ou afrodiaspóricos, analisamos a estrutura narrativa e os aspectos temáticos dos contos “Tio, mi dá só cem” e “O feto”, que integram a obra Filhos da Pátria (2008), do escritor angolano João Melo.


Palavras-chave


literatura; identidades; angola

Referências


HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG, 2011.

 

LEITE, Ana Mafalda. Oralidades & Escritas Pós-Coloniais: estudos sobre literaturas africanas. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2012.

 

MELLO, João. Filhos da Pátria. Rio de Janeiro: Record, 2008.

 

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. In: A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires. CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales. 2005.


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