Sistema Eletrônico de Administração de Eventos - UERGS, IX SIEPEX - IX Salão Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

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INFLUENCIAS ANTROPICAS SOBRE BIOMASSA E COMPRIMENTO DE PEIXES DA BACIA DO RIO TRAMANDAÍ
Otávio Gutierrez e SILVA, Tais de Fátima Ramos GUIMARÃES, Sandra Maria HARTZ

Última alteração: 2019-05-19

Resumo


Lagoas costeiras são ecossistemas dinâmicos que fornecem serviços ecossistêmicos de grande importância, sendo fonte de água doce, pescado, áreas de lazer para pessoas e habitat para muitas espécies de animais e plantas. Com aumento populacional, cresce a demanda por recursos que comprometem esses ambientes e seus serviços. Dessa forma, existe a necessidade de compreender como as comunidades biológicas respondem aos impactos antrópicos. Esse estudo objetiva avaliar e correlacionar  biomassa e  comprimento dos peixes com a influência antrópica. A área de estudo compreende as lagoas da bacia do rio Tramandaí. Utilizamos imagem de luz noturna como proxy de urbanização e para cada lagoa extraímos a intensidade de luz noturna em um buffer de 5km ao redor de cada lagoa. Dados de ictiofauna foram obtidos junto ao banco de dados de monitoramento das lagoas costeiras do laboratório de Ecologia e Comunidades do Departamento de Ecologia da UFRGS, de expedições de 2009 a 2012. Para quantificar a biomassa em gramas, utilizamos balança de precisão. Para a obtenção do tamanho (comprimento padrão) e biomassa, foram escolhidas cinco espécies de peixes mais frequentes: Diapoma alburnus, Geophagus brasiliensis, Gymnogeophagus lacustris, Hyphessobrycon luetkenii e Jenynsia multidentata. Até o momento, foram obtidas informações de comprimento e biomassa para 10 lagoas. O índice de urbanização variou entre 0.7% a 40.4% de luz noturna ao redor dessas lagoas. Os resultados preliminares mostram que as espécies apresentam diferentes respostas ao índice de urbanização. Diapoma alburnus não apresentou tendência de alteração do tamanho corpóreo com o gradiente de urbanização, mas a biomassa tende a diminuir. Hyphessobrycon Luetkenii apresentou tendência de aumentar comprimento e biomassa com o aumento da urbanização. Geophagus brasiliensis tende a diminuir tamanho corpóreo e biomassa e Jenynsia multidentata e Gymnogeophagus lacustris não apresentaram nenhuma tendência para tamanho corpóreo e biomassa. Devido ao baixo número de unidades amostrais não é possível observar padrões, apenas tendências de aumento e/ou diminuição do comprimento e biomassa ao longo do gradiente de urbanização. Assim, é necessário obter dados de maior número de lagoas para entender como as espécies respondem às alterações ambientais e quais estratégias de mitigação de impactos poderão ser propostas.

 

 

 

 

 


Palavras-chave


Biomassa; antropização; Peixes