Em relação à suinocultura o Brasil é reconhecido como um dos principais produtores e exportadores da carne. Paralelamente ao desenvolvimento acelerado do setor, houve uma maior produção de efluentes e resíduos sólidos oriundos do processamento da carne. Esses resíduos são altamente poluentes, pois apresentam elevado conteúdo de matéria orgânica e carga microbiológica, que se dispostos de maneira inadequada podem levar a sérios problemas ambientais. Nesse sentido, o objetivo dessa pesquisa foi analisar uma instituição privada, localizada na Serra Gaúcha, que produz/oferta cortes de suínos e produtos embutidos/industrializados, em relação ao Plano de Gerenciamento de Resíduos. A metodologia foi organizada em pesquisa na literatura, trabalhos de campo e análise da quantidade de resíduo produzida em diferentes setores e o seu destino. Os resíduos orgânicos gerados no processo produtivo de evisceração e divisão da carcaça, são colocados em caixa plásticas vermelhas e direcionados para a fabricação de farinha animal na fábrica de farinha e óleo situada na unidade produtiva. Os efluentes gerados nas etapas de recepção de suínos, pocilga, sangria, escaldagem, depilagem/flambagem, evisceração e divisão de carcaças, são enviados para o tratamento de efluentes da unidade. Os resíduos sólidos, provindos do resfriamento, embalagem primária, congelamento e expedição, são recolhidos três vezes na semana e direcionados para uma empresa de reciclagem licenciada. A quantidade de resíduo quantificado foi do ano de 2018, entre os meses de janeiro a setembro, sendo que a quantidade de lodo do flotador da estação de tratamento de efluente, foi de 5006,93 toneladas, os resíduos da linha verde mais o lodo biológico foi de 161,44 toneladas e a quantidade de cinzas da caldeira foi de 44,42 toneladas, todos destinados corretamente. Em relação aos resíduos de papel / papelão, plástico e sucata metálica, foram 423,77 toneladas, já os resíduos do refeitório mais banheiros foi de 86,58 toneladas, as lâmpadas 2250 unidades, e os resíduos de saúde de 1,08 m³, também destinados corretamente. Assim concluímos, que a indústria conta com plano de gestão de resíduos, contemplando à minimização de geração, além do tratamento e a destinação final adequada dos resíduos sólidos, observando os requisitos legais ambientais aplicáveis.