Última alteração: 2019-05-29
Resumo
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de feijão (Phaseolus vulgaris ssp.), ficando atrás da Índia e Mianmar. No país, a produtividade média é de aproximadamente 1.338 kg. ha-¹, sendo que o Rio Grande do Sul (RS) é o maior consumidor de feijão preto e o Rio de Janeiro (RJ) de feijão carioca. No RS, a região Noroeste apresenta condições climáticas favoráveis que a enquadram no zoneamento agroclimático, permitindo assim a semeadura de diversas variedades, as quais podem alcançar produtividades de até 4.000 kg.ha-1. A fim de ampliar a produtividade e reduzir os custos da cultura, alguns agricultores tem utilizado de forma conjunta inoculantes nos sistemas de produção, como o Azospirillum brasilense (Ab) e o Rhizobium tropici ssp (Rt), objetivando incrementar a disponibilidade de compostos nitrogenados para a cultura. Desta forma o objetivo do presente trabalho é avaliar o desempenho de quatro variedades de feijoeiro comum em resposta à utilização de Azospirillum brasilense e Rhizobium tropici na Região Celeiro do Estado do RS. Um experimento será implantado em agosto de 2019 na área experimental da UERGS - Unidade Três Passos na Escola Técnica Estadual Celeiro - ETEC, localizada no município de Bom Progresso, RS. Será utilizado o Delineamento em Blocos Casualizados com esquema fatorial de 3x4 em parcelas de 5mx3m, com os seguintes tratamentos: T1=BRS-Esplendor sem nitrogênio, T2=BRS-Esplendor com ureia, T3=BRS-Esplendor+Rt, T4=BRS-Esplendor+Ab, T5=BRS-Esplendor+Ab+Rt, T6=BRS-Campeiro sem nitrogênio, T7=BRS-Campeiro com ureia, T8=BRS-Campeiro+Rt, T9=BRS-Campeiro+Ab, T10=BRS-Campeiro+Ab+Rt, T11=BRS-Esteio sem nitrogênio, T12=BRS-Esteio com ureia, T13=BRS-Esteio+Rt, T14=BRS-Esteio+Ab, T15=BRS-Esteio+Ab+Rt. A inoculação das sementes será via sementes utilizando 350 ml.ha-1 de estirpes de Ab e 350ml.ha-1 de estirpes de Rt. No período de desenvolvimento vegetativo as plantas serão avaliadas quanto a biomassa da folha e colmo e as raízes avaliadas quanto ao número de nódulos presentes. No período de maturação plena, as plantas serão colhidas e avaliadas quanto ao número de vagens, números de grãos por vagem, quantidade de vagens com debulha espontânea, massa de 1000 grãos e produtividade total. Ainda, os grãos serão avaliados quanto ao teor de proteína, dureza e potencial germinativo. Como resultado, espera-se o incremento da produtividade em feijoeiro com o uso de inoculantes.
Palavras-chave
Referências
BRACCINI, Alessandro Lucca et al. Co-inoculação e modos de aplicação de Bradyrhizobium japonicum e Azospirillum brasilense e adubação nitrogenada na nodulação das plantas e rendimento da cultura da soja. Scientia Agraria Paranaensis, v. 15, n. 1, p. 27-35, 2016.
BRADFORD, Marion M. Um método rápido e sensível para a quantificação de quantidades de microgramas de proteína utilizando o princípio da ligação proteína-corante. Bioquímica analítica , v. 72, n. 1-2, p. 248-254, 1976.
DA SILVA, Osmira Fátima et al. Impacto socioeconômico e ambiental da cultivar de feijão-comum BRS Esteio, no Estado do Paraná, 2014/2015. Baru, v. 2, n. 2, p. 264-276, 2016.
DE SOUZA, José Eduardo Barbosa; DE BRITO FERREIRA, Enderson Petrônio. Melhorar a sustentabilidade dos sistemas de produção de feijão por co-inocular rhizobium e azospirillium. Agricultura, ecossistemas e meio ambiente , v. 237, p. 250-257, 2017.
DOS SANTOS, Susiane Moura Cardoso et al. PERDAS DE AMÔNIA POR VOLATILIZAÇÃO EM RESPOSTA A ADUBAÇÃO NITROGENADA DO FEIJOEIRO. Revista de Agricultura Neotropical, v. 3, n. 1, p. 16-20, 2016.
DURIGON, M. A. et al. Estratégias de comercialização do feijão no Rio Grande do Sul. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2015.
EMBRAPA. Catálogo de Cultivares de Feijão Comum da Embrapa. Setor de Negócios e Mercado - SNM (Transferência de Tecnologia) Programação Visual: Núcleo de Comunicação Organizacional - NCO / Embrapa Arroz e Feijão 2016, 2ª Edição. Janeiro de 2017
FALEIRO, FABIO GELAPE et al. LIGAÇÃO GÊNICA DA RESISTÊNCIA À FERRUGEM E À ANTRACNOSE NA VARIEDADE DE FEIJÃO OURO NEGRO/GENETIC LINKAGE BETWEEN RESISTANCE TO RUST AND ANTHRACNOSE IN THE COMMO BEAN CV. OURO NEGRO. Ceres, v. 47, n. 272, 2015.
GOMES JUNIOR, Francisco Guilhien et al. Teor de proteína em grãos de feijão em diferentes épocas e doses de cobertura nitrogenada. Acta Scientiarum. Biological Sciences, v. 27, n. 3, 2005.
LIMA, João Eudes Santana et al. Volatilização da amônia da ureia estabilizada com NBPT na adubação em cobertura da Urochloa ruziziensis. Embrapa Arroz e Feijão-Artigo em periódico indexado (ALICE), 2018.
MALINICH, Elizabeth A .; BAUER, Carl E. A bactéria promotora do crescimento de plantas Azospirillum brasilense é transmitida verticalmente em Phaseolus vulgaris (feijoeiro comum). Simbiose , p. 1-12, 2018.
MARIZ, Marisa Silva; DA SILVA TAVARES, Jamilly Talissa; DE SOUZA, José Eduardo Barbosa. DESEMPENHO DA NODULAÇÃO DO Rhizobium tropici EM TRATAMENTO DE SEMENTES COM FUNGICIDAS, INSETICIDAS E POLIMEROS NA CULTURA DO FEIJOEIRO COMUM. Ipê Agronomic Journal, v. 1, n. 1, p. 49-57, 2017.
OLIVEIRA, Dâmiany Pádua et al. Viabilidade da inoculação líquida com Rhizobium etli no sulco de semeadura do feijoeiro-comum. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 53, n. 3, p. 394-398, 2018.
PIGNATI, Wanderlei Antonio et al. Distribuição espacial do uso de agrotóxicos no Brasil: uma ferramenta para a Vigilância em Saúde. Ciencia & saude coletiva, v. 22, p. 3281-3293, 2017.
SAFATLE, Amália. Vamos combater o aquecimento global na prática?. P22_ON, 2016.
SANTOS, Franciane Lemes dos. Inoculação e coinoculação de rizobactérias promotoras de crescimento em plantas de arroz, milho e trigo. 2018.
SARRUGE, J.R.; HAAG, H.P. Análises químicas em plantas. Piracicaba: ESALQ, 1974. 56p. Mimeografado.
SATO, Diogo Masashi. Avaliação de genótipos de feijoeiro comum do grupo preto, na época das águas, em Uberlândia-MG. 2017.
SÁVIO RAFAEL PEREIRA. PORTARIA Nº 200, DE AGOSTO DE AGOSTO DE 2018. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE POLÍTICA AGRÍCOLA PORTARIA Nº 200, DE AGOSTO DE AGOSTO DE 2018. Acessado em 21 de fev de 2019. Disponível em: www.agricultura.gov.br/assuntos/riscos-seguro/risco-agropecuario/portarias/safra-vigente/rio-grande-do-sul.
SILVA, Helton Salles da et al. Desempenho de famílias de feijoeiro-comum de uma população de seleção recorrente para resistência ao crestamento bacteriano comum. 2017.
SILVA, Jeniffer et al. Efetividade da fixação biológica de nitrogênio para diferentes cultivares de feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris l.) recomendadas para Minas Gerais 1. Cadernos de Agroecologia, v. 13, n. 1, 2018.
SILVA, Roberta Santos et al. Avaliação das perdas de N por volatilização de amônia pela aplicação de diferentes fontes nitrogenadas na cultura da laranja. Anais da Semana Científica Johanna Döbereiner, 2017.
TEIXEIRA, Itamar Rosa et al. Teores de nutrientes e qualidade fisiológica de sementes de feijão em resposta à adubação foliar com manganês e zinco. Bragantia, v. 64, n. 1, 2005.
VURUKONDA, Sai Shiva Krishna Prasad et al. Melhoria da tolerância ao estresse hídrico em lavouras por rizobactérias promotoras de crescimento de plantas. Microbiological Research , v. 184, p. 13 a 24 de 2016.
WANDER, Alcido Elenor, et al. "Evolução da produção e do mercado mundial do feijão." Embrapa Arroz e Feijão-Artigo em anais de congresso (ALICE). In: CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL, 45., 2007, Londrina. Conhecimentos para a agricultura do futuro. Brasília, DF: Sober; Londrina: Universidade Estadual de Londrina: IAPAR, 2007., 2007.