Ensinar corresponde ao conjunto de ferramentas, procedimentos, métodos e técnicas pedagógicas orientadas às particularidades intrínsecas de cada aluno visando estimular, dirigir, incentivar e impulsionar o processo de assimilação de qualquer forma de conhecimento, a aprendizagem. O Ensino direcionado à aprendizagem em crianças com transtorno do espectro autista (TEA) torna-se particularmente desafiador. Dadas as dificuldades de interação social e comunicação, o educador deve ser capaz de intermediar o alargamento progressivo das experiências socializadoras, impedindo o isolamento contínuo, de forma a permitir o desenvolvimento de novos conhecimentos e comportamentos. Todavia, frente às especificidades no ensino dos alunos com TEA, a capacitação do professor tem sido considerada insuficiente para concepção e desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas. Dado este cenário, este trabalho tem por objetivos elencar e compreender os desafios enfrentados por professores no cotidiano escolar e identificar as práticas pedagógicas desenvolvidas por docentes e equipe diretiva (Orientação Educacional (OE) e Supervisão Escolar (SE)), direcionadas à inclusão de alunos com TEA nos anos escolares iniciais. A metodologia adotada será pesquisa bibliográfica qualitativa, buscando embasamento teórico e aporte metodológico e, posteriormente, pesquisa de campo, por meio de observação não-participante e aplicação de questionários semiestruturados, com questões diretas e/ou abertas de caráter dissertativo, em pelo menos três escolas do município de Cruz Alta, RS. Os sujeitos deste estudo incluem professores que possuem em suas turmas alunos diagnosticados com TEA e a equipe que compõe a OE e SE das escolas. Cada participante, após ter tomado ciência do projeto e dado concordância na participação através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), receberá o questionário impresso e terá dez dias para responder as questões. Os resultados serão tabulados em planilhas eletrônicas (Excel, Microsoft Oficce®), de onde serão construídos gráficos de frequência a partir das respostas dos participantes. Espera-se que este trabalho contribua para a formação de profissionais da educação básica, apontando e norteando a adoção de práticas inclusivas numa perspectiva de adequar o ambiente escolar nos anos iniciais, visando o acesso, permanência/presença e promoção de aprendizagem significativa da criança com TEA, compreendendo que este é um dever do professor e um direito do aluno.