Sistema Eletrônico de Administração de Eventos - UERGS, IX SIEPEX - IX Salão Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

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AMBIENTAÇÃO E O CORPO EXPRESSIVO NO JOGO TEATRAL
Joana Gabriela ORTH, Daniela Reis Dutra OURIQUE, Gabriela Mariana Mauss da SILVA, Marli Susana Carrard SITTA

Última alteração: 2019-06-07

Resumo


Quando se fala em corpo expressivo relaciona-se a um corpo que fala sem o uso da comunicação verbal trabalhando como objeto principal e não como complemento da voz. Para Stanislávski, o corpo é essencial, pois “sem uma forma externa, nem sua caracterização interior nem o espírito da sua imagem chegarão até o público. A caracterização externa explica e ilustra e, assim, transmite aos espectadores o traçado interior do seu papel” (STANISLÁVSKI, p.27, 2016). Assim, formas corporificadas de experimentação são fundamentais, pois caracterizam e estimulam os alunos. Portanto, deve-se incentivar um andar diferenciado, o contato com uma coluna vergada, uma perna manca, o falar com a boca para o lado, com a língua do céu da boca, buscando novas formas para um mesmo corpo. Seria, então, um corpo atento que utiliza seus recursos corpóreos, movimentos, sons, alturas e muito mais, para se entregar ao momento, de forma intuitiva e permite, assim, espaço para inspiração e imaginação. Para construir um personagem é necessário experimentar outras formas de ser, de estar no mundo. Desta forma, conhecendo o próprio corpo e procurando novas corporeidades. E tornando, enfim, este corpo expressivo. Este projeto tem como objetivo buscar a experimentação e percepção de diferentes movimentos e deslocamentos corporais e empregá-los nos jogos teatrais e/ou na construção de um repertório teatral, descobrindo possibilidades deste corpo expressivo na construção de personagens em sala de aula e/ou em espaços alternativos dentro da escola. Neste processo, procura-se um diálogo entre diferentes metodologias, jogos teatrais, construção do personagem, ambientação, professor-personagem, considerando que não se deseja executar e comprovar técnicas, mas sim, propiciar a experimentação teatral. A partir do jogo teatral de Viola Spolin pode-se tornar a atuação das crianças mais livre, estimulando-as a construir seu próprio conhecimento sobre o fazer teatral, juntamente com o grupo experimentando e analisando o que foi feito. Este seria um método que possibilita o treinamento em teatro e que neste projeto será empregado como propulsor de expressão e criação. Assim, os resultados almejados são a formulação de um repertório corpóreo pelas crianças, como também a ampliação da expressividade corporal e da criatividade na aula de teatro.

Palavras-chave


Teatro; Personagem; Escola

Referências


BECKER, F. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. In: ALVES et al. Metodologia: construção de uma proposta científica. Curitiba. 2008.



CABRAL, B. Drama como método de ensino. 2ª ed. São Paulo: Hucitec, 2012.



DESGRANGES, F. Pedagogia do teatro: provocação e dialogismo. 4ª ed. São Paulo: Hucitec, 2017.



SPOLIN, Viola. Jogos Teatrais: o fichário de Viola Spolin. São Paulo: Editora Perspectiva, 2008.



SPOLIN, Viola. Improvisação para o Teatro. São Paulo: Editora Perspectiva, 2010.



STANISLAVSKI, C. A construção da personagem. 26ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.