Sistema Eletrônico de Administração de Eventos - UERGS, IX SIEPEX - IX Salão Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

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AVALIAÇÃO DO USO DE ESCAMAS DE DANIO RERIO COMO UM MÉTODO NÃO LETAL PARA ENSAIOS ECOTOXICOLÓGICOS
Jorge Henrique BURGHAUSEN, Gabriela RODRIGUES, Günther GEHLEN

Última alteração: 2019-05-14

Resumo


O desenvolvimento urbano e de atividades agrícolas nas últimas décadas tem sido responsável pelo aumento das ações antrópicas sobre os recursos naturais. O ambiente aquático sofre constantes impactos por meio dessas atividades, que interferem diretamente na qualidade de vida de organismos ali presentes e consequentemente em todo o ecossistema. Os peixes são muito utilizados como bioindicadores devido a sua sensibilidade a poluentes e importância ecológica, no entanto, as metodologias aplicadas geralmente utilizam tecidos que exigem o sacrificio do animal, tais como brânquias e sangue, por exemplo. O objetivo desse trabalho é fazer uso de um método não letal, utilizando escamas de Danio rerio induzidos a exposição crônica ao MnCl2, como tecido biomarcador, avaliando as alterações em forma ou número das células caliciformes e células club presentes nas escamas e a taxa de sobrevivência dos animais após retirada do tecido. Os experimentos desenvolvidos serão previamente submetidos à aprovação pelo Comitê de Ética no Uso de Animais da Universidade Feevale. Serão utilizados 20 peixes, sendo um grupo controle, mantido em água reconstituída e outro grupo submetido à exposição crônica durante 30 dias a 0,5 mg L-¹ de cloreto de manganês (MnCl2) (LabSynth®, pureza 98%). Para a retirada do tecido, os peixes serão anestesiados com solução de tricaina (Ethyl 3-aminobenzoate methanesulfonate 98%, Sigma) (120 mg L-¹). As escamas serão retiradas da lateral esquerda na região caudal de cada peixe com o auxílio de lupa estereoscópica e pinça. Serão retiradas 5 escamas por peixe e fixadas com Bouin por 8 horas em seguida, descalcificas com solução EDTA a 5% durante 7 dias. Após, serão desidratadas em uma série gradual de etanol, incluídas em parafina, seccionadas em micrótomo rotatório (5 µm) e coradas com Hematoxilina e Eosina. A analise estatistica será realizada através do software GraphPad Prism 6.0, sendo utilizados testes paramétricos e não paramétricos quando necessários. O esperado é que os peixes não sofram nenhum dano após a retirada das escamas, não interferindo na sobrevivência e também que o MnCl2 tenha influência nas células do tecido, alterando sua morfologia, visto que o tecido está em contato direto com o meio.

Palavras-chave


Manganês; Biomarcador; Histologia