Sistema Eletrônico de Administração de Eventos - UERGS, IX SIEPEX - IX Salão Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

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PINA 10 – HORAS DE EXPERIÊNCIA EM DANÇA-TEATRO
Rita Paula da Silva BRUÇO, Sílvia da Silva LOPES, Juliana Klock VICARI, Aline da Silva PINTO

Última alteração: 2019-06-07

Resumo


O presente trabalho tem por objetivo experienciar conforme propõe Jorge Bondía (2002), criar e refletir sobre aspectos da técnica em dança-teatro cujo expoente é a coreógrafa alemã Pina Bausch (1940-2009) no ano em que marca seus dez anos de falecimento, como forma de reconhecimento ao seu legado artístico. No ambiente acadêmico, o projeto de extensão é uma das formas possíveis de relacionar os enunciados curriculares e a prerrogativa de um licenciando que não dicotomize seu fazer enquanto professor-artista, sendo ainda, um espaço para promoção de diálogo com interlocutores que, originariamente, não habitam este espaço, mas que são atravessados pela arte como construção cultural. O projeto de extensão a ser realizado em 25/06/2019, reunirá três universidades do estado a partir de palestrantes convidados, buscando revelar a importância e os entraves percebidos para a promoção de espaços de criação e sua relação com a prática discente; contará, ainda, com espaço para vivência de oficina com criador em dança-teatro; com mostra de dança com criações realizadas a partir de aspectos da estética da dança-teatro, permitindo a narrativa de processo e, por último, proporá debate produzido a partir de uma obra de Pina Bausch apresentada em vídeo, como mote para análise de seus pressupostos estéticos. Propondo uma reflexão que passe pela “profanação” a que refere Giorgio Agambem (2007), que desloca a percepção sobre o dispositivo que consagra, a fim de apropriar-se dele e, assim, possibilitar um outro olhar sobre a estética da dança-teatro e sua potência, como forma de uma abordagem decolonial, como trazem Marina Simão e Juliano Sampaio (2018) , no ensino e na criação em dança.  Assim, espera-se que as dez horas do projeto sejam capazes de dar a conhecer a potência da dança-teatro como catalizadora de experiências e reflexões acerca do fazer em arte, promovendo o reconhecimento da linguagem estética da coreógrafa alemã, “[...] como quem adentra num grande vocabulário do qual se pode partir para construir uma linguagem própria [...]”, como coloca Rita Bruço (2019) e, por conseguinte, possa instrumentalizar possibilidades de criação em dança e a sua indelével relação com a prática pedagógica, a partir de sua realização.

Palavras-chave


Graduação em dança; Licenciatura; Projeto de Extensão;

Referências


AGAMBEN, Giorgio; tradução: Selvino J. Assmann. Profanações. São Paulo: Boitempo, 2007.

BONDÍA, Jorge Larrosa; tradução: João Wanderley Geraldi. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 19, p. 20–28, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24782002000100003&lng=pt&tlng=pt>. Acesso em: 6 mar. 2019.

BRUÇO, Rita. PINA: QUANDO A DANÇA PODE ROMPER O DISCURSO. Revista da FUNDARTE, Montenegro, v. 37, n. 37, p. 340–357, 2019. Disponível em: <http://seer.fundarte.rs.gov.br/index.php/RevistadaFundarte/article/view/658>. Acesso em: 28 abr. 2019.

SIMÃO, Marina Fazzio; SAMPAIO, Juliano Casimiro de Camargo. Corpo e descolonialidade em composição poética cênica. Revista Brasileira de Estudos da Presença, Porto Alegre, v. 8, n. 4, p. 665–690, 2018. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/2237-266078809>. Acesso em: 9 mar. 2019.