Sistema Eletrônico de Administração de Eventos - UERGS, IX SIEPEX - IX Salão Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

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RESISTÊNCIA E REPRESENTATIVIDADE NEGRA NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL: POR ONDE ANDAM MEUS PARES?
Ynara MAIDANA, Queli DORNELLES

Última alteração: 2019-06-10

Resumo


O acesso à universidade através das políticas de ações afirmativas na educação superior modificou o cenário universitário nacional, através destas ações tornou-se possível o acesso de diversos cidadãos negros à liberdade ofertada pelo conhecimento. O ensino superior pode modificar o futuro de jovens negros, minorias invisíveis nas periferias do Brasil.  Apesar do aparato legal e do grande número de vagas oferecidas, frutos da Lei 12.711/2012- lei de cotas, ainda se percebe um percentual muito baixo de negros nestes espaços. O presente estudo tem como intuito fomentar a reflexão relacionada as ações afirmativas disponibilizadas pela UERGS, busca refletir se as mesmas dão conta do acesso e permanência do aluno negro nestes espaços, verificar quais políticas de permanência são oferecidas. O fantasma da exclusão pelo preconceito racial atira pelas costas no Brasil e o cidadão, vitimizado pela covardia, só percebe a origem das suas dificuldades no cenário educacional quando atitudes deploráveis vivenciadas lhes tiram as forças por completo e a possibilidade de coexistência no mesmo ambiente. A implantação de políticas de ações afirmativas dão conta da necessidade do acadêmico no que diz respeito ao acesso à universidade, a permanência destes neste espaço deve ser conquistada através de políticas de acolhimento propostas pela própria universidade, espaços de discussão sobre resistência e empoderamento; espaços estes que devem agregar diferentes sujeitos adeptos a estas propostas. Ambar (2015), “Um retrato que persiste nos dias de hoje. São pouco(a)s o(a)s estudantes negro(a)s nas universidades brasileiras e quando examinamos o número de o(a) s professore(a)s negro(a)s nestes ambientes, a situação é ainda mais grave. As universidades se constituíram e se consolidaram como espaços institucionais brancos e não vislumbraram a necessidade de reparar esta discrepância (Gonçalves, R. e Ambar, G., 2015)”. A pesquisa propõe inicialmente que estes alunos sejam identificados, com enfoque na permanência destes dentro da universidade junto ao setor responsável por estas políticas na UERGS. Seguido então por envio de um instrumento de pesquisa do qual levantaria os dados necessários para compreender se neste processo o discente encontrou alguma dificuldade de permanência, para então objetivarmos se as políticas de acesso e permanência estão ocorrendo de maneira significativa.

Palavras-chave


RESISTÊNCIA, NEGROS; ACADÊMICOS; ENSINO SUPERIOR.

Referências


CASTRO, Pereira Betel; FOSTER, Silva Luz Eugênia; CUSTÓDIO Serrão Enivaldo. RevistAleph – ISSN 1807-6211 Dezembro: O NEGRO NA UNIVERSIDADE: PERCEPÇÕES DE ESTUDANTES SOBREAS RELAÇÕES INTER-RACIAIS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

GRAVATÁ, André; OLIVEIRA, Aline; INAE, Daniel: RESISTIR ATÉ QUE EXISTAM TERRITÓRIOS FÉRTEIS.

BIBLIOTECA NACIONAL. Av. Rio Branco, 219CEP 20042 — Rio de Janeiro — RJ: UMA HISTÓRIA DO NEGRO DO BRASIL. RIO DE JANEIRO • 1988