Sistema Eletrônico de Administração de Eventos - UERGS, IX SIEPEX - IX Salão Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

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PRODUÇÃO DE BIOSSURFACTANTE POR Bacillus amyloliquefaciens P5 e B. megaterium DSMZ 32 A PARTIR DO SORO DE QUEIJO
Bárbara TECH, Karla PEREZ

Última alteração: 2019-06-12

Resumo


Os biossurfactantes ou tensoativos são substâncias com propriedades emulsificantes e detergentes, propriedades estas, vastamente aplicadas em diversas áreas. Estas biomoléculas apresentam muitas vantagens frente aos surfactantes quimicamente sintetizados, no entanto, o que aflige ainda o uso dessas substâncias orgânicas é o alto preço de produção. Uma possibilidade para a redução do custo produtivo é a utilização de fontes alternativas de nutrientes, como subprodutos agrícolas sem destino. Nesse contexto, é possível reduzir simultaneamente o custo na produção de biossurfactante e no tratamento do resíduo, de tal forma que o impacto ambiental é minimizado e é dada uma aplicação para algo que, até então,  seria descartado apresentando grande potencial poluidor.

O soro do queijo atende as características necessárias para sua utilização como substrato, estima-se que nele permaneçam aproximadamente 50% dos nutrientes do processamento do queijo. Sua alta carga orgânica lhe confere potencial uso como substrato e rica fonte de carbono e nutrientes, todavia se descartado de forma indevida, este é altamente poluente. Assim, o presente trabalho tem por objetivo utilizar o soro oriundo da fabricação de queijo como substrato na produção de biossurfactante a partir de Bacillus amyloliquefaciens P5 e Bacillus megaterium DSMZ 32.

Serão variadas algumas condições do cultivo como meio de cultura, tempo e temperatura de incubação do pré-inóculo e inóculo e, serão testados os sobrenadantes livres de células e o cultivo sem centrifugar obtidos em cada condição. Os meios de cultivo utilizados serão o meio comercial BHI (Brain Heart Infusion), como controle e o CSQ (caldo do soro de queijo). A produção de biossurfactante será avaliada através de  três análises: a) Índice de emulsificação (IE24): utilizado para analisar a eficiência do biossurfactante em emulsificar uma variedade de compostos hidrofóbicos; b) atividade hemolítica: método qualitativo usado para indicar a produção de biossurfactante, e c) medida da tensão superficial através de um tensiômetro digital.

Baseado na literatura, espera-se que os resultados obtidos sejam positivos e que após as análises, seja possível definir a composição e condições ótimas do meio e do cultivo para a produção de biossurfactante a partir destes dois micro-organismos.


Palavras-chave


tensoativos; resíduos agroindustriais; micro-organismos