Este trabalho  trata-se de um recorte do projeto de pesquisa intitulado Desafios do Ensino Médio: por uma Pedagogia das Juventudes com fomento interno da UERGS no programa de iniciação científica– Inicie/UERGS, 2019 e tem como objetivo geral: compreender que relações são estabelecidas entre os professores e os sujeitos jovens que habitam os espaços e tempos do Ensino Médio contemporâneo. Para este estudo buscamos suporte teórico em autores como Reguillo (2007), Pais  (1990,2003), Dayrell (2007), Margulis e Urresti (2000), que trazem a juventude como uma categoria socialmente construída, influenciada pelos fatores sociais como gênero, classe social, etnia, entre outros. O percurso metodológico ancora-se na pesquisa qualitativa, com delineamento etnográfico. Para coleta de dados será utilizada rodas de conversa, observações participantes de estudantes do Ensino Médio de uma escola estadual, no Município de São Luiz Gonzaga.  Sabemos que o cenário da sala de aula de Ensino Médio é marcado por uma trama de relações entre docentes e sujeitos jovens que trazem consigo histórias individuais e coletivas, uma juventude caracterizada pela sua pluralidade social, cultural, étnica e econômica, em um confronto de interesses, encontros e desencontros, ambos criam e recriam momentos de aprendizagem, de convivência. Nestes espaços transitam uma juventude narrada pela mídia nas revistas, nos filmes, nas novelas entre outros meios de comunicação que historicamente foi constituída de representações no qual denota de um modelo hegemônico, de classe média e com poder de consumo. Neste contexto de representações chamam atenção as seguintes questões: Quais modelos de juventudes transitam nos espaços escolares? Como a escola vem historicamente narrando esses jovens? Quais modelos foram silenciados ou invisibilizados?.Previamente, infere-se que  nos espaços escolares do Ensino Médio, não circulam uma única representação de juventude constituída pela mídia, mas sim uma juventude plural, de diferentes culturas, classes sociais, gêneros, com modos próprios de viver a juventude, desta forma este este estudo poderá mostrar que umas das possibilidades de dialogar com as juventudes presentes nos espaços e tempos escolares contemporâneos é entendê-las a partir de sua diversidade e em seus modos de ser e estar nos espaços sociais e culturais.