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Trilhas interpretativas são uma ferramenta para Educação ambiental e Gestão do uso público de Unidades de Conservação – UC’s, na medida em que promovem um espaço de contemplação, imersão e engajamento a comunidade local com os ecossistemas protegidos, capaz de produzir novas possibilidades de conexão com a natureza.  Dando continuidade às ações de extensão do GANECO - Grupo de Pesquisa em Gestão e Negociação de Conflitos (SEMA-RS/UERGS-Hortênsias) coordenadas pela Prof.a Dr.a Márcia Berreta em 2018, destinadas ao desenvolvimento de estratégias de intervenção socioambiental por meio de trilhas interpretativas, em UC’s da Região dos Campos de Cima da Serra, este trabalho vem apresentar resultados preliminares relativos à trilha interpretativa do Parque Natural Municipal da Ronda – PNMR, em São Francisco de Paula-RS. O PNMR é uma UC municipal de Proteção Integral destinada à Educação Ambiental e Pesquisa Científica. Essa trilha é parte de um escopo maior, o “Projeto Caminho das Araucárias” protagonizado pelo ICMBio em parceria com a SEMA-RS e os Municípios de Canela, São Francisco de Paula e Cambará do Sul (RS), cuja meta é implementar uma trilha de longo curso interligando as UC’s do Sul do Brasil. Na primeira etapa do projeto, de março a novembro de 2018, foram recrutados alunos dos cursos de Pedagogia e Gestão Ambiental da UERGS, além de profissionais de áreas afins e atores locais. O grupo formado por cerca de 15 participantes reuniu-se semanalmente na sede do GANECO para fins de estudo, planejamento e construção participativa das ações de reconhecimento, desenho e demarcação de uma trilha interpretativa no Parque. Devido à sucessivos atrasos na aprovação do Projeto de Lei de instituição do Conselho Gestor da UC, a operacionalização da trilha só foi concluída em março de 2019. E a segunda etapa, vem dar continuidade ao desenvolvimento das estratégias de intervenção socioambiental por meio desta trilha interpretativa de educação ambiental. Dentre as ações previstas incluem-se a classificação botânica de plantas sinalizadoras identificadas na primeira etapa e o mapeamento dos repertórios de saberes (comunitário/acadêmico/administrativo) e marcadores (topofílicos e ecotopológicos) de leitura da paisagem.

Trilhas interpretativas; Unidades de conservação; Educação ambiental;