Sistema Eletrônico de Administração de Eventos - UERGS, IX SIEPEX - IX Salão Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MUTAGÊNICA E ANTIMUTAGÊNICA DE COMPOSTOS FENÓLICOS ATRAVÉS DO TESTE SMART EM Drosophila melanogaster
Renata Schütts LEMOS, Rodrigo Antônio de CAMPOS, Luciano André Assunção BARROS, Rafael Rodrigues DIHL, Mauricio LEHMANN

Última alteração: 2019-06-23

Resumo


Compostos fenólicos, como flavonóides e ácidos fenólicos, são produtos de origem natural do grupo dos metabólitos secundários abundantes no reino vegetal. Têm amplas ações biológicas envolvendo não apenas o papel nutricional, mas também ações terapêuticas benéficas, como efeito antioxidante, anti-inflamatório, antidiabético e antimutagênico. Entre os flavonóides de ocorrência natural mais consumidos atualmente destacam-se a miricetina, miricitrina e rutina, enquanto no grupo dos ácidos fenólicos, destaca-se o ácido rosmarínico. Neste sentido, o objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade mutagênica da miricetina, miricitrina, rutina e ácido rosmarínico e estudar o potencial antimutagênico destes compostos sobre os danos genéticos induzidos pelo etil-metanossulfonato (EMS), através do teste para detecção de mutação e recombinação somática (SMART) em Drosophila melanogaster. Para analisar o potencial mutagênico, as concentrações utilizadas para todos os compostos foram: 12,5; 25; 50 e 100 mg/L. Na análise do potencial antimutagênico, foram realizados protocolos de co e pós-tratamento, onde foram testadas concentrações de 25; 50 e 100 mg/ml. Os resultados parciais mostram que os quatro compostos não exerceram atividade mutagênica em todas as concentrações avaliadas nos dois cruzamentos e, em relação a atividade antimutagênica, no protocolo de co-tratamento, observa-se que a miricetina e a rutina reduziram a frequência de danos genéticos induzidos pelo EMS, enquanto a miricitrina e o ácido rosmarínico não apresentaram efeito modulador. No protocolo de pós-tratamento, nenhum dos compostos foi capaz de alterar significativamente a frequência de danos induzidos pelo EMS. Os dados do presente estudo mostram que os quatro compostos fenólicos não foram mutagênicos e recombinogênicos no teste SMART de asa, nas condições experimentais utilizadas, e que a miricetina e a rutina reduziram os danos genéticos induzidos pelo EMS, no protocolo de co-tratamento, indicando que estes compostos apresentam ação protetora mais ampla, do que apenas a atividade antioxidante, já descrita na literatura, visto que o EMS não é capaz de induzir danos oxidativos no DNA. Além disso, a ausência de modulação no protocolo de pós-tratamento indica uma possível ausência de ação destes compostos sobre os mecanismos de reparação do DNA.

Palavras-chave


Miricetina; miricitrina; rutina; ácido rosmarínico.