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Esta proposta de ensino-aprendizagem desenvolvida em componente curricular no Curso de Letras discute sobre as categorias de análise literária “utopia e distopia” com origem no romance “1984” (1948), de George Orwell (1903-1950). Objetiva-se, a partir da obra, comparar outros romances contemporâneos dela e filmes que refletem sobre a Guerra Fria e os consequentes regimes totalitários. Para isso, usou-se como arcabouço teórico Platão (A República), Aristóteles (modelagens dos heróis), George Lukács (herói demoníaco), Roland Barthes (Mitos) e em comparação com obras anteriores como “Utopia” (1516), de Thomas More (1478-1535), “Nós” (1923), de Ievguêni Zamiátin (1884-1937) e “Admirável Mundo Novo” (1932), de Aldous Huxley (1894-1963). Reflete-se sobre as distopias (Zamiátin, Huxley e Orwell) a partir de More (Utopia) como matriz da vida cotidiana de um estado totalitário que destrói a imaginação das pessoas, limitando e ressignificando a linguagem ao alterar a percepção e o processo cognitivo, onde o ódio e o terror predominam sobre a justiça, tanto nas obras como nos filmes e, inclusive, em formatos televisivos como “Big Brother” na manipulação pelas mídias, sem questionar e investigar conteúdos pré-estabelecidos. Igualmente, em produções do cinema que inspiram e desenvolvem utopias e distopias, com crítica à nossa sociedade, com ficção e realidade.

 

 

Estado totalitário. Utopias e distopias. Teoria literária.