Sistema Eletrônico de Administração de Eventos - UERGS, IX SIEPEX - IX Salão Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

Tamanho da fonte: 
BRIÓFITAS NOS DIFERENTES ESTÁGIOS SUCESSIONAIS DE TRONCOS EM DECOMPOSIÇÃO DA APA MORRO DE OSÓRIO, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL
Andrei Luiz NOWTZKI, Juçara BORDIN

Última alteração: 2019-05-15

Resumo


Como parte do projeto “Briófitas da APA Morro de Osório”, foram iniciadas coletas de briófitas epixílicas (que vivem sobre troncos em decomposição), com o intuito de identificar as espécies que ocorrem sobre este substrato, pois pouco se sabe de sua ocorrência. Os dados já levantados, bem como os dados futuros, serão utilizados na revisão do Plano de Manejo da APA Morro de Osório que terá início em 2019, podendo demonstrar que a relação de áreas mais visitadas/menos visitadas tenha fator relevante na sucessão ecológica. Nos meses de outubro e novembro de 2018 foram coletadas amostras sobre 20 troncos em decomposição, em diferentes estágios, cada tronco contemplando uma amostra, obtiveram-se também as coordenadas destes, com o uso do GPS. A classificação dos estágios de decomposição dos troncos seguiu metodologia já escrita, na qual os troncos são classificados em três classes: classe I (estágio prévio de decomposição) onde a superfície laminar não penetrava no córtex do tronco, classe II (estágio de decomposição intermediário) penetrava pela metade e classe III (estágio de decomposição avançado) onde a mesma penetrava por completo o córtex, com o uso de uma faca, de lâmina (13 por 2 cm). As identificações foram realizadas com uso de microscópio óptico e estereomicroscópio, além de bibliografia específica. As exsicatas estão depositadas no Herbário Dr. Ronaldo Wasum da UERGS – Litoral Norte (HERW). Foram analisadas 20 amostras e identificadas 18 espécies diferentes ao todo, destas, nove foram encontradas na Classe I, quatro na Classe II e oito na Classe III, a espécie mais representativa foi Isopterygium tenerifolium Mitt., identificada em todos os estágios de decomposição. A espécie Rhynchostegium serrulatum(Hedw.) A. Jaeger é citada pela primeira vez como epixílica, ocorrendo até então como rupícola, corticícola e terrícola. Este estudo contribui com a ampliação do conhecimento da diversidade de espécies presentes na Mata Atlântica, entretanto, um maior número de coletas é necessário, pois a partir disto conseguiríamos abranger uma maior área ajudando na recuperação ambiental, pois com a preservação deste ambiente, estaríamos prestando também os serviços ecossistêmicos deste local.


Palavras-chave


Musgos; Epixílicas; Mata Atlântica