A Terebintina é um líquido oleoso, extraído como destilado da resina de árvores coníferas. É composta em mais de 90% por Monoterpenos alfa e beta-Pinenos, que são terpenos base para a síntese química de uma grande variedade de aromas e fragrâncias utilizadas pelas indústrias de alimentos, perfumaria, farmacêutica e de cosméticos. Quando a madeira das árvores coníferas é utilizada na produção de papel pelo processo Kraft, é extraída um subproduto do tratamento do licor de digestão das fibras, que é chamada Terebintina sulfatada, pois devido aos compostos de enxofre do licor, este subproduto contém derivados orgânicos de enxofre como mercaptanas, que conferem odor de “ovo podre” a este importante produto. O tratamento da Terebintina sulfatada, com a remoção dos compostos de enxofre, propicia a elevação do valor comercial da Terebintina e utilização desta em processos de síntese de aromas de alto valor comercial. Assim, o objetivo deste trabalho é a remoção dos compostos sulfatados, através do processo de adsorção em carvão ativado. Foram realizados experimentos utilizando amostras de Terebintina sulfatada e carvão ativado seco em diferentes proporções e testando diferentes formas de contato e tempos de adsorção. A análise qualitativa se deu por percepção sensorial e através de cromatografia em camada delgada (TLC) com reveladores iodo e anisaldeído sulfúrico. Através da percepção visual e olfativa foi possível perceber mudanças, na coloração da Terebintina bruta de amarelada para a refinada incolor, e que o cheiro de mercaptanas ficou praticamente imperceptível. Através da análise em TLC, a comparação com amostras padrões de alfa-Pineno e beta-Pineno confirmaram a presença desses terpenos tanto na Terebintina bruta quanto na tratada em carvão, mas não é possível identificar os compostos de enxofre nesta análise. Para a quantificação da remoção dos compostos de enxofre as amostras serão analisadas por cromatografia gasosa, ainda em andamento para a complementação deste trabalho.