Neste trabalho abordamos as atividades de comemoração do Dia Internacional da Dança se auto intitulada “Dia Internacional da Dança: intervenções performáticas e ações formativas”, visam a valorização da profissão do artista da dança, mas também suscitam a reflexão sobre a formação em dança para crianças e jovens. Sabemos que a dança é uma das quatro linguagens artísticas que integram o componente de Arte na escola, mas temos poucos profissionais Licenciados em Dança atuando nesta área do conhecimento. É necessário ampliar o acesso a dança através de ações performáticas e formativas para crianças e adolescentes.Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais “a escola pode desempenhar papel importante na educação dos corpos e do processo interpretativo e criativo de dança, pois dará aos alunos subsídios para melhor compreender, desvelar, desconstruir, revelar e, se for o caso, transformar as relações que se estabelecem entre corpo, dança e sociedade” (1997). Neste sentido, faz-se importante organizar e oferecer atividades performáticas e formativas para o público em geral, em especial à crianças e adolescentes. Albuquerque e Willadino (2016) anunciam o dia da dança de forma poética, “cidades em movimento, corpos em deslocamento constante, estradas, trilhos, ruas e calçadas tornam-se palco de experiências muitissensoriais” Sim, de diferentes formas a dança desperta os sentidos e a sensibilidade das pessoas. Nas edições anteriores deste projeto, observou-se os olhares surpresos, curiosos e os sorrisos de satisfação, durante as intervenções que eram realizadas. Quando se dança em diferentes espaços, percebe-se que a dança se mostra de um jeito diferente daquelas tradicionais, codificadas e apresentadas em palco italiano. A cidade de Montenegro é considerada a “Cidade das Artes segundo Kautzmann apud Hummes (2017, p. 01)”. A partir da justificativa das autoras sobre esse título conclui-se que a Fundarte e a Uergs tiveram influência nessa escolha o que justifica, mais uma vez a relevância deste projeto. Albuquerque e Willadino (2016) resgatam o coreógrafo Maurice Bejart para afirmar que “o lugar da Dança era na praça, nas ruas e na vida, e pensar na Dança apenas como espetáculo é frágil, visto seu enorme potencial reflexivo” Valorizamos a dança como espetáculo, mas buscamos ampliar com os alunos, cada vez mais o conceito de Dança e, através deste projeto, proporcionamos ao público, também a possibilidade de o ampliar. Este projeto causa grande expectativa nos estudantes do Curso de Dança, “e que seja permanente o movimento dos corpos sociais, políticos e criativos”. (ALBUQUERQUE e WILLADINO, 2016, p. 03).