Sistema Eletrônico de Administração de Eventos - UERGS, IX SIEPEX - IX Salão Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

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APLICAÇÃO DO FUNGO Beauveria bassiana EM PASTAGEM DE CAMPO NATURAL NO CONTROLE DE Rhipicephalus (Boophilus)microplus
Vanda Luz DUARTE, Natália Freitas SCHERER, Gabrielly Silveira CAVALHEIRO, John Lennon OLIVEIRA, Mônica Vizzotto REFFATTI

Última alteração: 2019-06-17

Resumo


Principal preocupação quanto à sanidade em grande parte dos rebanhos no estado do Rio Grande do Sul, o carrapato bovino tem representado um grande desafio à produtores e técnicos. Com ciclo evolutivo de apenas 21 dias, sua forma de vida parasitaria inicia ao instalar-se sob o hospedeiro, sendo que, em um determinado instante, 5% da população encontra-se nesta fase, enquanto os demais 95% está livre no ambiente. A alta capacidade de desenvolver resistência aos princípios ativos utilizados, e o manejo inadequado das aplicações tem contribuído para o desenvolvimento de resistência do parasita à esses produtos. Esse fato tem determinado a necessidade de sucessivas e cada vez mais frequentes aplicações de acaricidas, resultando em alto custo de produção, contaminação dos produtos carne e leite e elevado impacto ambiental. Meios alternativos tem sido estudados para reverter esse quadro, como a busca por agentes de controle biológico, que ocorram naturalmente no ambiente e que possam controlar as infestações ou auxiliar nesse processo de controle. Nesse sentido, a utilização de fungos entomopatogênicos como a espécie Beauveria bassiana, já extensamente empregada no controle de diversas pragas agrícolas, tem demonstrado eficiência in vitro, porém, quando levada a campo o seu efeito ainda tem sido considerado insatisfatório. Dessa forma, no presente estudo, serão isoladas cepas do fungo e testadas quanto a mortalidade de fêmeas ingurgitadas em condições de laboratório. A cepa julgada mais eficiente nesta etapa será  submetida a ensaio a campo. Uma área equivalente a 12.000 m², naturalmente infectada de por larvas de carrapato bovino, será subdividida em duas partes iguais, sendo uma desta tratada com uma suspensão conidial na concentração de 108 conídios/ml-1 a cada 21 dias, enquanto a outra (controle) receberá o mesmo número e volume de aplicações apenas com o veículo da suspensão. Serão realizadas contagens do número de fêmeas ingurgitadas de 4,5 a 8,0 mm de diâmetro, de um lado do hospedeiro, no dia anterior às aplicações e no 17º, 19º, 21º, 26º e 33º dias após. Espera-se que a pulverização do pasto com a solução conidial de Beauveria bassiana aumente a concentração deste fungo no ambiente, controlando a infestação por carrapatos.

 

 


Palavras-chave


Carrapato; Controle biológico; Fungo entomopatogênico.