Sistema Eletrônico de Administração de Eventos - UERGS, IX SIEPEX - IX Salão Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

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HORTAS ESCOLARES COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PERCEPÇÃO DE PROFESSORES
Francielle Oliveira de Vargas da SILVA, Danielle Carneiro Duarte GRASSI, Cláudio FIOREZE, Luciano BELCAVELLO

Última alteração: 2019-05-31

Resumo


Este trabalho é parte resultante do projeto de extensão intitulado "Hortas Escolares Agroecológicas", do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Campus Viamão, do qual participam quarenta escolas de educação básica do município. O projeto oferece suporte técnico e pedagógico às escolas para implantação e manutenção de hortas escolares, como espaços para atividades curriculares e extracurriculares. O objetivo foi realizar um diagnóstico preliminar quanto à percepção de professores acerca da utilização de hortas como ferramenta de Educação Ambiental (EA), bem como apontar as dificuldades enfrentadas e as fontes de informação utilizadas pelos docentes para selecionar plantas medicinais utilizadas no projeto. O estudo foi do tipo exploratório descritivo e o instrumento utilizado para a coleta de dados foi um questionário estruturado. Os dados obtidos na coleta foram compilados e analisados com um enfoque quanti-qualitativo. Participaram da pesquisa 29 professores da educação básica do município de Viamão, participantes do projeto. Todos os docentes participantes acreditam que o projeto é uma ferramenta importante de EA, e a maioria (27) associou o trabalho com as hortas escolares à pelo menos um dos seguintes temas: alimentação saudável, conservação do meio ambiente, aprendizagem significativa, cooperação, valorização das ervas medicinais, reutilização de materiais recicláveis, interdisciplinaridade, construção de conhecimento, pesquisa, resgate de valores, sustentabilidade, economia solidária, sensibilização da comunidade. Para 90% dos professores participantes, as dificuldades para a execução de projetos de EA e implantação de hortas escolares estão relacionadas ao pouco envolvimento da equipe escolar, à limitação financeira e/ou à disponibilidade de tempo para dedicação ao projeto. Na visão dos professores essa situação poderia ser contornada com a sensibilização, oferta de oficinas pedagógicas e formação continuada aos docentes. Ainda, 97% agregariam plantas medicinais na horta, cuja seleção ocorreria por meio de conhecimento tradicional (36%), pela pesquisa embasada em estudos científicos (29%) ou em publicações da Anvisa/Ministério da Saúde (29%). Esses resultados preliminares indicam que as hortas escolares são excelentes ferramentas de EA e que a introdução de plantas medicinais nesses espaços deve considerar os conhecimentos quanto à seleção, segurança, preparo e utilização. Esses dados auxiliarão no processo de avaliação e aperfeiçoamento do projeto.

Palavras-chave


Projetos; Educação; Plantas Medicinais