Projeto desenvolvido na Escola Estadual Ernesto Dornelles, fazendo união entre as artes do desenho e da dança. Este é o relato de uma experiência docente realizada na Escola Estadual Ernesto Dornelles, em Porto Alegre,  no período de setembro a dezembro de 2018, fazendo parte do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), núcleo de Dança e Música da UERGS. O plano de ensino foi desenvolvido a partir das observações realizadas na turma do Curso de Design de Interiores, do Ensino Médio. Diagnosticamos uma turma heterogênea, composta por jovens e adultos de diversas idades, que estavam na escola com objetivo de se formar na área técnica. A professora titular da disciplina de artes estava trabalhando com eles técnicas de desenho. A partir daí, procuramos priorizar em nosso planejamento articulações entre dança e desenho, que contemplassem a heterogeneidade da turma. O projeto de ensino teve por objetivo geral oportunizar o contato com a linguagem da dança, relacionando-a a alguns princípios básicos da linguagem visual trabalhados no componente de Arte. Para tal, teve como objetivos específicos, experimentar movimentos possíveis com cada articulação e com aquelas envolvidas na atividade do profissional de design; ampliar a consciência corporal; praticar atividades de alongamento; desenvolver a expressividade, imaginação e criatividade; vivenciar momentos de integração; participar de vivências de dança circular. Como metodologia foram usados jogos, práticas de alongamentos individual e em grupo a partir de demonstrações, técnicas de sensibilização e experimentações desenhando e dançando a partir dos sentimentos. Utilizamos músicas e materiais como bolinhas, papel pardo, canetas coloridas e objetos variados. A cada aula, foi aumentando o envolvimento e participação dos alunos. Observamos que tanto na dança quanto no desenho, houve a preparação do corpo com alongamentos, os alunos expressaram sentimentos, relataram vivências e interagiram entre si, visto que antes trabalhavam mais individualmente. A dança circular possibilitou a interação entre os alunos e que entrassem em contato com o próprio corpo e o do outro, quebrando barreiras e medos. Participar do PIBID foi um desafio e oportunidade de realizar uma experiência docente de grande importância, onde ensinamos e aprendemos e pudemos nos identificar com o ser professor.