Apesar dos inúmeros avanços nas legislações acerca da promoção e defesa dos direitos humanos, ainda persistem o preconceito, os discursos de ódio e as várias formas de violência contra mulheres, negros e LGBT+. No Brasil, a cada 11 minutos uma mulher é violentada sexualmente, e a cada 2 horas uma mulher é assassinada, ocupando a 5º posição no ranking mundial de países que mais matam mulheres. No que se refere à população LGBT+, nosso país lidera o ranking mundial, a cada 18 horas um LGBT+ é assassinado por ser LGBT+ e a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado, segundo a CPI realizada pelo Senado Federal. Diante desse histórico alarmante e a circulação persistente de discursos de ódio, que atacam diretamente os direitos humanos, inclusive dentro da UERGS, faz-se fundamental a discussão sobre as diversidades de gênero, étnicas e de orientação sexual, bem como a reflexão acerca dos avanços e retrocessos que enfrentam os direitos humanos em nosso país. Acreditamos que o não debate dessas questões a nível institucional pode reverter de uma forma negativa, uma vez que a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS, está inserida em 24 municípios que por caráter cultural é visível a presença do machismo, racismo e LGBTfobia, que pode contribuir para evasão, depressão, suicídios, violências verbais, agressões ou até mesmo assassinatos, como já presenciados em outras Universidades do Brasil. Nesse sentido, como parte das atividades da Comissão Permanente de Direitos Humanos e do projeto Educação em Direitos Humanos, o objetivo da atividade é fazer uma reflexão sobre a real situação das políticas institucionais da UERGS voltadas para as minorias, uma vez que podemos presenciar ou não a ausência de ações, discussões e atividades voltadas a questões de amparo, fortalecimento e promoção dos direitos humanos. A presente atividade a ser desenvolvida, contará com a presença de representantes dos movimentos sociais, municipal e estadual, que ajudarão no esclarecimento e na construção de políticas públicas voltada para as minorias e, ainda, membros da iniciativa privada (não-militantes), para trazer um outro olhar sobre o que é desenvolvido por empresas focadas no empreendedorismo social.