Sistema Eletrônico de Administração de Eventos - UERGS, 6º Seminário Institucional Pibid-Avaliação e processos inclusivos: potencialidades e experiências no Pibid Uergs

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A EXPERIÊNCIA DE (RE)DESENHAR COM O CORPO: EXPERIMENTAR MODOS DE APRECIAR, CONTEXTUALIZAR E FAZER DANÇA
Marina da Rocha Sobrosa, Erasmo Carlos Breitembach, Magda Dreher Nabinger, Sílvia da Silva Lopes

Última alteração: 2017-09-05

Resumo


Este trabalho apresenta as atividades desenvolvidas no segundo semestre do ano de 2016, no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), vinculado ao sistema CAPES, em parceria com a Escola Municipal de Ensino Fundamental José Pedro Steigleder. Desenvolveu-se um projeto envolvendo duas áreas da arte: dança e artes visuais. O objetivo foi realizar um trabalho com dança, desenho e pintura embasado a partir do projeto Segni Mossi - laboratorio di danza-disegno de Alessandro Lumare e Simona Lobefaro. Como objetivos específicos buscou-se experimentar elementos da dança e das artes visuais, na prática, explorando variadas possibilidades de criação e promovendo momentos de apreciação e contextualização. A proposta de aula surgiu após o relato de uma professora de Educação Artística, que compartilhou sua dificuldade em relação às turmas do sexto ano, que compreende a faixa etária de dez a doze anos, nas quais os alunos mostram-se relutantes quanto ao desenvolvimento de teorias na aula de Educação Artística e desejavam apenas realizar trabalhos manuais, como o desenho. O primeiro contato surgiu a partir das observações da turma, como recomenda o PIBID, a fim de conhecê-la e decidir as escolhas pedagógicas para realização deste trabalho. Após uma reunião realizada com a professora responsável pela turma, definimos nosso cronograma para as semanas seguintes. Os encontros práticos aconteceram a partir do final do mês de setembro seguindo durante todo o mês de outubro, com uma aula por semana, de duração entre 35 a 45 min. Foram realizados quatro encontros, onde trabalhamos os seguintes temas: desenhar através da propriocepção; espaço tridimensional: a espacialidade do corpo impressa no papel; desenho entre os planos vertical/horizontal, seguindo um estímulo sonoro externo; desenhar com auxílio de um bastão de bambu e criar sequências de movimentos a partir dos temas pré-determinados. Nas aulas, levou-se em consideração a abordagem triangular de Ana Mae Barbosa que consiste em mesclar o apreciar, o contextualizar e o fazer arte. Utilizaram-se vídeos como forma de apreciação e contextualização, improvisação em dança como forma de fazer arte, e também, reservaram-se momentos de debates com o grupo, com o objetivo de ampliar a sua visão sobre dança e, por fim, avaliar o processo. Durante o projeto, verificou-se a formação de dois grupos em sala de aula, divididos entre aqueles que participavam e aqueles que não demonstravam interesse nas atividades. Procurou-se estimular todos os alunos, incluindo os que não demonstravam interesse, para que experimentassem ao menos as propostas apresentadas, pois se entende que viver a experiência é mais importante que apresentar produtos acabados. O projeto instigou a curiosidade dos alunos quanto à contextualização, apreciação e criação de obras no ensino formal. Portanto, chegamos ao final compreendendo que é possível romper barreiras para o ensino da arte na escola.

Palavras-chave


Dança. Desenho. Pintura. Contextualização.

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