Sistema Eletrônico de Administração de Eventos - UERGS, 6º Seminário Institucional Pibid-Avaliação e processos inclusivos: potencialidades e experiências no Pibid Uergs

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Atividades Físicas Cooperativas: uma ferramenta para desenvolvimento do senso de coletividade.
Vinícius Colombelli Camargo, Cláudio Roberto Zacarias Ceolin, Rodrigo de Azambuja Guterres

Última alteração: 2017-09-07

Resumo


Como acadêmico do curso de Educação Física, durante as aulas, procuro explorar as atividades que envolvem movimento corporal para ensinar algumas habilidades. Dentre os objetivos que proponho para as aulas está a cooperação e o trabalho em equipe. Tais habilidades são extremamente exigidas pelo marcado de trabalho por serem fundamentais para a melhoria da produtividade dos colaboradores. O presente trabalho objetivou avaliar qualitativamente uma atividade física cooperativa com relação ao senso de coletividade dos alunos de uma turma de 4º ano do ensino básico. A atividade utilizada resultou de um adaptado mesclado de modalidades esportivas, consiste em duas equipes, em lados opostos, com o objetivo de passar uma bola por dentro de um aro móvel que fica em posse de um companheiro de equipe, localizado no lado oposto do espaço de jogo, que pode mover-se dentro de uma área onde só entra quem está com o aro, o jogador que possui a posse de bola não pode andar, a posse de bola apenas troca de equipe com uma interceptação de passe ou um erro no arremesso ao aro. Esse jogo obriga os alunos passarem a bola com frequência para os colegas de equipe, sendo fundamental o posicionamento sem a posse de bola evitando individualidades em excesso. As primeiras experiências com a brincadeira costuma gerar dúvidas, mas logo os participantes compreendem o jogo tornando-o mais dinâmico. Com a prática dessa atividade observo alguns fatos: no princípio ocorrem discussões dentro da mesma equipe com relação ao posicionamento dos companheiros, o jogador com a bola não consegue trocar passes devido ao posicionamento incorreto dos colegas, resultando em perda da posse de bola, sua equipe cobra cuidado durante o passe, entretanto, foi o posicionamento inadequado do restante da equipe que provocou a perda da posse de bola e não o passe; outra observação comum são as discussões entre jogadores de uma mesma equipe sobre os acontecimentos e como solucionar os problemas, porém o jogo é caracterizado pelo dinamismo, e inevitavelmente sou obrigado a interromper algumas vezes para que os alunos conversem. Com o decorrer do diálogo entre eles verifico a necessidade de intervir ou não para esclarecer algumas estratégias de jogo. Acredito que um significativo aspecto positivo desta atividade baseia-se no forte empenho da equipe em promover progresso na qualidade das jogadas, geralmente poucas atividades conseguem proporcionar dedicação em níveis semelhantes. Na última etapa da aula reúno os alunos e faço algumas observações, ajudando-lhes na compreensão de equívocos. Com o passar do tempo e a repetição desta brincadeira, os progressos na qualidade do jogo ocorrem com uma velocidade excelente. Algumas turmas atingem um entrosamento surpreendente. É comum ver os alunos preocupados em instruir os colegas por saberem da dependência do desempenho de todos para o sucesso da equipe. Ao atingir esse nível obtenho a comprovação do efetivo senso de coletividade que o jogo proporciona. Definitivamente evidencio a colaboração da atividade para a formação de um indivíduo apto para o trabalho coletivo, percebo que os ensinamentos proporcionados podem transcender o ambiente escolar contribuindo com suas futuras atividades profissionais ou pessoais.


Palavras-chave


Educação Física escolar, jogos cooperativos, trabalho em equipe.

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