Sistema Eletrônico de Administração de Eventos - UERGS, IX SIEPEX - IX Salão Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

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“O BRANCO MAIS ESCURINHO":DIFICULDADES DE IDENTIFICAÇÃO, AUTO-COMPREENSÃO E EDUCAÇÃO"
Nathanaele Aguilar PRATES, Fani Averbuh TESSELER

Última alteração: 2019-06-12

Resumo


O objetivo deste trabalho é estudar a auto-compreensão da identidade dos pardos e promover  mudanças,  compreendendo porque é tão complicado a identificação e inclusão de cada um/a em determinados grupos étnicos. Ao mesmo tempo pretende investigar até que ponto o indivíduo pode compreender e declarar-se de determinado grupo. A ideia deste trabalho surgiu de dificuldades encontradas na inclusão em grupos e ao perceber que muitas pessoas também partilham deste problema, impactando  diretamente o lugar de cada um  na sociedade, na escola e na vida, bem como  no intuito de mostrar a visão popular sobre  o que realmente se sabe sobre este assunto tão complexo.  No Google a palavra “pardo” significa:  “de cor escura entre o branco e o preto” ou “branco sujo" entre outras. Apesar de ultrapassadas, tendo raízes preconceituosas são estas as definições culturalmente atribuídas a certo grupo de pessoas com tom de pele claro, não sendo brancos, nem negros, mesmo que com características físicas específicas e principalmente com cabelo crespo. Para esta pesquisa serão realizadas entrevistas com professores, funcionários e alunos/as em escolas e faculdades do município de Alegrete, a fim de saber  o que cada um entende por grupo étnico e como se auto identifica. A partir das respostas obtidas pretende-se auxiliar a auto compreensão da identidade de cada pessoa. Gomes (2003) salienta que o corpo, e como cada pessoa se vê,  comunica  a forma de cada um/a  estar no mundo,  pois  faz a mediação no espaço tempo. O corpo é a primeira referência  para a declaração em determinado grupo étnico (negro, pardo ou indígena), pois além do registro em lei da utilização dos critérios de classificação e identificação de cor, utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, devem ser respeitados os critérios de auto declaração. Entretanto, o preconceito pesa sobre o negro sendo o termo pardo uma espécie de fuga, algo que ilusoriamente alivia este peso. Ribeiro (1997) comenta essa questão quando coloca a dificuldade de pertencimento do negro mais clarinho ou do branco escurinho a um grupo e consequentemente  de ser alguém.

Palavras-chave


Auto identificação; Grupos étnicos; Cultura

Referências


GOMES Nilva, Trajetórias escolares corpo negro e cabelo crespo: reprodução estereotipada ou resignação cultural, 2003

RIBEIRO Darcy, Mestiçagem como símbolo da identidade brasileira brasileira