Sistema Eletrônico de Administração de Eventos - UERGS, 5º Seminário Institucional PIBID/UERGS: Compartilhar Experiências, Docência, Pesquisa, Arte e Ambiente

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EU SOU SUPER: INVESTIGANDO A CRIAÇÃO DE FIGURAS TEATRAIS
Carla Viviane Cardoso POZO, Carla SATICQ, Carlos Roberto MÖDINGER, Marli Susana Carrard SITTA

Prédio: Prédio 01
Sala: Auditório
Data: 2016-09-02 05:30 PM – 05:50 PM
Última alteração: 2016-08-30

Resumo


Quem é que nunca se imaginou na pele de um super-herói ou de super-heroína? Um modo de escolher o melhor disfarce para guardar uma identidade secreta? Os alunos da turma C do 1º ano do ensino fundamental da escola Esperança em Montenegro, ao brincarem de super-heróis em seus horários de intervalo, contribuíram para a temática do projeto Eu sou super que estamos desenvolvendo, duas horas semanais, no subprojeto de Teatro do Pibid/Uergs. Algumas questões nos moveram para as primeiras pesquisas: Por que quase todos os alunos brincavam assumindo o papel de super-heróis conhecidos e um deles não? Brincava criando os seus próprios, assumindo diversos papéis, tornando-os inéditos. Por que as meninas quase não brincavam assumindo papeis de super-heroínas? Brincavam assumindo quase sempre o papel de princesas. Pesquisando sobre o universo dos heróis nos deparamos com um número bem pouco significativo de heroínas capazes de motivar as brincadeiras das meninas; e sobre a imaginação ativada pela imitação a partir do já existente e a partir do inédito nos fez refletir sobre a função simbólica do jogo dramático infantil. Na brincadeira, no jogo, não importa a partir do que o símbolo opere (neste caso, brincar com o conhecido ou com o não conhecido), o que importa é que o brincar e o jogar devem ser cultivados como parte fundamental no processo de desenvolvimento da inteligência, ampliando-a para além de suas fronteiras tradicionais. Percebemos então que devíamos estimular o jogo e a teatralidade como fenômeno artístico, ou seja, considerando o teatro como experiência estética e de produção de sentido através do domínio de formas de expressão e comunicação vinculadas ao desenvolvimento da inteligência, à autonomia de pensamento e à ampliação de visões de mundo. Continuamos a estimular o jogo pelos meios teatrais dos quais temos conhecimento. Olhando pelo ângulo mais atitudinal desejamos que essas crianças reconheçam os super-heróis como parte da realidade deles, como sendo eles mesmos, se vendo capazes de ser sujeito de suas próprias ações, de seus hábitos e atitudes, instigando a vivência de novos papéis por meio da criação de novos super-heróis mais próximos de seu cotidiano. Por outro ângulo, nossa aposta é na pedagogia teatral, investigando a criação de figuras teatrais que estimulem o uso do corpo de forma mais teatral. Figurinos, adereços e outros recursos estão sendo utilizados para estimular a teatralidade. Intervenções artísticas estão sendo propostas pelas professoras-personagens para diferenciar o eu dramático e do eu real. Pequenas cenas com as figuras cênicas estão sendo construídas com foco nas ações físicas/corporais das mesmas. Neste caminho alguns pequenos resultados podem ser apontados, ao improvisar com os alunos a criação de heróis individuais, um deles que antes nunca se pronunciava em aula, tem se manifestado, conversado como a figura de herói, demonstrando atos autônomos. Para nós isso define a experiência artística como uma atitude dinâmica capaz de provocar mudanças em quem dela participa. Nossas principais referências são Beatriz Cabral e Peter Slade.


Palavras-chave


Experiência artística; Teatro; Jogo; Brincadeira.