Sistema Eletrônico de Administração de Eventos - UERGS, 5º Seminário Institucional PIBID/UERGS: Compartilhar Experiências, Docência, Pesquisa, Arte e Ambiente

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TEATRAR E BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Rodrigo Santos Reis, Larissa de Souza Deon, Ewertom Rodrigues Mendes Netto, Carlos Roberto Mödinger, Marli Susana Carrard Sitta

Prédio: Prédio 01
Sala: Auditório
Data: 2016-09-02 09:40 PM – 10:00 PM
Última alteração: 2016-08-30

Resumo


Ao ingressarmos no Pibid/Teatro/Uergs, unidade em Montenegro, em setembro de 2015, foi nos apresentada a escola Esperança – Montenegro; No ato de processar o ambiente escolar, corredores, pátio, praça de brinquedos, refeitório e sala de aula. O Jardim B II nos acolheu, foi como um chamado à prática pedagógica teatral. Fomos escolhidos e escolhemos. Como em contos de pequenos e gigantes, três pibidianos, de média estatura, encolheram e misturaram-se aos pequenos num movimento fantástico de descobertas, tudo aguarda para ser inventado, criado, imaginado. Nossos nomes, em pouco tempo, já estavam rasgando o espaço com gritos de alegria assim que adentrávamos à sala. E os abraços apertados enchiam nossos corações de Esperança - agora entendíamos o significado do nome da Escola-.   Neste clima, logo conseguimos visualizar a nascente da teatralidade transbordando a cada movimento, a cada ação e a cada brincar. Criativas, sem julgamentos, sem entraves, sem medo de errar. Agiam naturalmente, expondo seus sentimentos, suas verdades, por mais absurdo que fosse para nossas cabeças racionalistas, elas estavam nem aí.  Venham! Brinquem com a gente! Era só o que pediam. Brincávamos. Entregamo-nos há momentos de pura estesia - afinal quem já não foi criança um dia!-, bem como, há momentos de questionamentos. Problematizamos, não apenas para expressar ideias, mas primeiramente, enquanto condição de possibilidades para o exercício da prática docente teatral nesta faixa-etária. Encontramos neste exercício de problematização uma espécie de caminho metodológico para pesquisar e discutir as estratégias e as condições para propor algo que contribuísse a sustentação do jogo da representação simbólica, trazido de forma tão natural na infância. No jogo dramático infantil de Peter Slade encontramos uma de nossas referências de trabalho. Ele nos alerta que as crianças, quando não tolhidas pelos adultos, podem encontrar auto expressão e desenvolvimento pleno de sua personalidade. Começamos, de forma muito cautelosa e respeitosa, revezando-nos no papel de brincar, teatrar, observar, anotar as proposições das crianças antes das nossas. O aguardado é compreender melhor do ser infantil, e depois correlacionar com o nosso papel - ser artístico/docente. Com brincadeiras, jogos e sonoridades, tentamos adentrar no campo da pedagogia teatral para uma educação infantil sensível no sentido de valorizar o que a criança é.  Ao decorrer do projeto percebemos que o desejo da docência se fez mais presente e desperto ao nos aproximarmos do simples e sincero olhar da criança, sedenta de afeto, conhecimento e de brincar/teatrar.


Palavras-chave


Jogo Dramático. Criança. Docência