Sistema Eletrônico de Administração de Eventos - UERGS, 5º Seminário Institucional PIBID/UERGS: Compartilhar Experiências, Docência, Pesquisa, Arte e Ambiente

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O EXERCÍCIO DA DIFERENÇA A PARTIR DO PIBID
Rodrigo Amarante, Jucélia Rodrigues Ferreira, Tatiana Luiza Rech

Prédio: Prédio 01
Sala: Sala 01
Data: 2016-09-02 04:30 PM – 04:50 PM
Última alteração: 2016-08-30

Resumo


O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), mantido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pode servir de inspiração para um amplo leque de novas práticas e metodologias que contribuam para os processos de ensino e de aprendizagem, levando os bolsistas e os alunos das escolas públicas a vivenciarem novas experiências e diferentes aprendizados. Tal iniciativa atravessa as fronteiras da sala de aula, aliando o conteúdo curricular trabalhado pela professora regente da turma às novas práticas, onde projetos podem ser desenvolvidos com os alunos pelos bolsistas do PIBID. Isso proporciona aos bolsistas e seus alunos novas experiências pedagógicas, ao invés de vários e aleatórios planos de aula que, muitas vezes, não conversam entre si. Considerando o PIBID como uma proposta inovadora, que vem para somar e contribuir com a educação brasileira, o presente estudo tem como objetivo uma profunda reflexão acerca da rica diversidade que encontramos a partir do trabalho realizado em uma turma de alunos do 5° ano do Ensino Fundamental, de uma escola pública, no município de Cruz Alta, RS. As diversas atividades realizadas com as crianças — dentre elas, leituras de histórias, jogos, etc. —, visam a compreender as singularidades como algo belo, algo rico e, ainda, o quanto a percepção disto nos enriquece, ao entendermos que não se tratam de binarismos, ou seja, de estimular comparações entre “melhor e pior”, “bom e ruim”, “normal e anormal”, por exemplo. Nosso desejo maior foi o de iniciar um projeto que proponha atividades que estimulem os alunos a respeitarem a singularidade de cada um. Também busca refletir sobre as inúmeras possibilidades de construção de outras atividades pedagógicas, tarefas estas que compreendem a teoria e a prática como sendo indissociáveis. Com base nisto, constatamos a possibilidade de trabalhar os conceitos de diversidade e diferença em um sentindo mais amplo, dentro da sala de aula, a partir das reflexões de alguns autores que movimentam o nosso pensamento, dentre eles: Brah (2006), Cézar (2003), Foucault (1995, 1999), Lopes (2007), Veiga-Neto (2009) entre outros. Trabalhamos a partir da realidade de nossos alunos, aliando desde autores mais clássicos aos contemporâneos em textos que abordam a temática das diferenças, da diversidade e do respeito, servindo de embasamento para o Projeto “Juntos, mas não iguais”. Iniciamos a primeira fase do Projeto com os alunos a partir de atividades diferenciadas como, por exemplo, contação de histórias, dinâmicas e atividades de reflexão, a fim de que eles tivessem outras possibilidades e vivenciassem o exercício da diferença. Até o momento, foi possível perceber resultados positivos quanto ao entendimento deles em relação às diferenças, ou seja, eles deixaram de utilizar expressões binárias, em sala de aula, e passaram a refletir mais. Resultado constatado nas produções de texto e de excertos acerca da compreensão do que significa estarmos todos juntos, embora não sejamos iguais. No decorrer do segundo semestre de 2016, daremos continuidade ao Projeto com a construção dos objetivos que nortearão as atividades da segunda etapa.


Palavras-chave


PIBID. Diversidade. Diferença. Prática Pedagógica. Inovação.